População, Estrutura espacial, Curvas de crescimento e sobrivencia.
É
extremamente importante conhecer a população mundial, tanto em números, quanto
em condições socioeconómicos.
A
realização de estudos sobre a população é de suma importância e pode
ocorrer em níveis regionais ou globais; o primeiro refere-se à busca por
informações sobre os habitantes de um município, estado ou país; o segundo é
mais abrangente, pois estabelece um agrupamento de informações, pois trata-se
de pesquisas que levam em consideração aspectos populacionais de vários países,
continentes e o número total de pessoas no mundo.
Conhecer as
populações quanto ao número e suas condições socioeconômicas é necessário
para implantação de projetos e medidas que atendam a realidade de uma
determinada população. O censo, ao ser realizado, tem como objetivo conhecer o
número de habitantes, os índices de crescimento vegetativo, índices de
natalidade, índices de mortalidade, qualidade de vida, distribuição de renda
etc., tais informações servem para que os governos realizem os orçamentos
anuais direcionados aos serviços públicos, como educação, saúde, infra-
estrutura, geração de emprego e muitas outras.
No ano de
2010, algumas estimativas revelaram que a população mundial já passou dos 6,9
bilhões de pessoas, existem perspectivas de que até o ano de 2050 o número de
habitantes deva atingir 9 bilhões. O número de habitantes deve ser analisado
por diversos motivos, especialmente para se ter conhecimento sobre os recursos
oferecidos pelo planeta (água, minérios, combustíveis, solos férteis etc), além
disso, é importante destacar as questões de distribuição de renda,
disponibilidade de alimentos e as limitações da natureza.
O
procedimento usado para analisar todos os aspectos populacionais ocorrem por
meio da estatística. População corresponde ao conjunto de habitantes que vivem
em um determinado lugar, que pode ser bairro, cidade, estado, país, continente,
no qual são realizados questionários para obter informações acerca de distintos
temas.
Através
desse tipo de procedimento é possível saber o número de habitantes, estrutura
etária, número de habitantes por casa, a divisão dos cidadãos por sexo, além de
dados como número de TVs, que contribui para conhecer o grau de consumo dos
habitantes e a distribuição de renda.
Para
conhecer a configuração de uma população, cada país possui um órgão responsável
por catalogar, cruzar as informações e enviá-las ao governo, pessoas
e empresas interessadas. No Brasil, o órgão responsável é o IBGE (Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística), que realiza anualmente o censo para
conceber dados temáticos da população brasileira.
O número
total de uma população em diferentes níveis, como um bairro, município, estado,
país, é denominado de população absoluta, quando um país apresenta um número
elevado é chamado de populoso. Em relação ao número de habitantes,
atulamente os países mais populosos são: China 1,3 bilhão, Índia 1,1
bilhão, Estados Unidos 314,6 milhões, Indonésia 229,9 milhões, Brasil 190,7
milhões, Paquistão 180,8 milhões, Bangladesh 162,2 milhões, Nigéria 154,7
milhões, Rússia 140,8 milhões, e Japão, com 127,1 milhões de habitantes.
O elevado
número de habitantes do planeta não se encontra distribuído de forma
equitativa, uma vez que a Ásia é o continente mais populoso com aproximadamente
4,1 bilhões de pessoas, enquanto que a Oceania possui somente 37,1 milhões de
habitantes, no mundo existem vastas áreas sem ou com pouca ocupação demográfica,
geralmente são lugares desérticos, áreas frias ou florestas.]
Distribuição geográfica da população
A desigual distribuição da população
explica-se pela conjugação de fatores (naturais, históricos e socioeconômicos)
que favorecem ou restringem a ocupação dos territórios. Fatores físicos ou
naturais: áreas favoráveis à ocupação humana, chamadas de ecúmenas, e áreas
desfavoráveis à concentração populacionais, anecúmenas. Entre as áreas mais
favoráveis estão, por exemplo, as planícies (concentrando mais da metade da
população mundial); Fatores históricos e econômicos: a expansão colonizadora do
século XVI, a Revolução Industrial na segunda metade do século XVIII,
promoveram grande urbanização nestas áreas.
A
distribuição desigual da população pela superfície do planeta depende muito
mais de fatores históricos e econômicos que de fatores naturais. A modernização
e a revolução técno- científica permitiram a superação de grande parte das
limitações naturais, levando a humanidade a conquistar espaços antes
inabitáveis.
Taxa de natalidade
É a relação entre o número de nascimentos
ocorridos em um ano e o número de habitantes. Obtemos esta taxa tomando os
nascimentos ocorridos durante um ano multiplicando-os por 1.000 e dividindo o
resultado pela população absoluta:
Nº de
nascimento ∙ 1.000/ Nº de habitantes = taxa de natalidade.
Taxa de mortalidade
É a relação
entre o número de óbitos ocorridos em um ano e o número de habitantes. Obtemos
essa taxa tomando os óbitos ocorridos durante um ano multiplicando-os por
1.000 e dividindo o resultado pelo número de habitante:
Nº de
óbitos ∙
1.000/ Nº de habitantes = taxa de mortalidade
Estrutura espacial
Uma população é um conjunto de
indivíduos da mesma espécie que se interagem e vivem na mesma área que é mais
ou menos isolada de áreas ocupadas por outras populações da espécie.
Dentro da distribuição geográfica de
uma espécie, as condições ambientais geralmente não são uniformemente favoráveis
para a sobrevivência, crescimento e reprodução de sucesso. O habitate apropriado
tende formar uma rede de habitates que variam em tamanho e forma dentro da
paisagem maior de habitate não apropriado Se os habitats tem tamanho
suficiente, podem suportar populações reprodutivas locais. Por isso, uma população
de uma espécie pode consistir de um grupo de subpopulações espacialmente
discretas.
O Espaço e Populações
Existem poucos exemplos onde a
população inteira vive numa área sozinha. A maioria das espécies têm
distribuição heterogênea no espaço, e vira uma população de populações.
Populações Grandes mas quase não
diferenciadas (uma super população), A diferenciação de populações é geralmente
o resultado da heterogeneidade do ambiente. Amigração ocorre nas populações não
diferenciadas e diferenciadas. Mas, nas populações diferenciadas a migração é menos
intensa.
Curvas de crescimento
A curva S é a de crescimento populacional
padrão, a esperada para a maioria das populações existentes na natureza. Ela é
caracterizada por uma fase inicial de crescimento lento, em que ocorre o ajuste
dos organismos ao meio de vida. A seguir, ocorre um rápido crescimento, do tipo
exponencial, que culmina com uma fase de estabilização, na qual a população não
mais apresenta crescimento. Pequenas oscilações em torno de um valor numérico
máximo acontecem, e a população, então permanece em estado de equilíbrio.
Fase A: crescimento lento, fase
de adaptação da população ao ambiente, também chamada de fase lag.
Fase B: crescimento acelerado ou exponencial, também chamada de fase log.
Fase C: a população está sujeita aos limites impostos pelo ambiente, a resistência ambiental é maior sobre a população.
Fase D: estabilização do tamanho populacional, onde ocorre oscilações do tamanho populacional em torno de uma média.
Fase E: é a curva teórica de crescimento populacional sem a interferência dos fatores de resistência ambiental.
A curva J é típica de populações de
algas, por exemplo, na qual há um crescimento explosivo, geométrico, em função
do aumento das disponibilidades de nutrientes do meio. Esse crescimento explosivo
é seguido de queda brusca do número de indivíduos, pois, em decorrência do
esgotamento dos recursos do meio, a taxa de mortalidade é alta, podendo, inclusive,
acarretar a extinção da população do local.
Curvas de sobrevivência
As
curvas de sobrevivência têm grande importância dentro do ramo da ecologia, já
que
representam
a fase em que os animais estão mais fracos. Sendo assim, o processo de intervenção
do homem pode ocasionar efeitos no crescimento de uma população.
Veja
abaixo os três tipos de curva de sobrevivência:
1) Curvas
convexas: é determinado pelos indivíduos que têm a mesma durabilidadede vida,
como é o caso dos seres humanos, da drosófila e da maioria dos mamíferos.
2) Reta:
é representada pelos indivíduos que possuem a taxa de mortalidade constante por toda a vida, como é o caso da
hidra.
3) Curva
côncava: é representada pelos indivíduos que apresentam alta taxa de
mortalidade durante a idade juvenil.
Pirâmide Etária
Pirâmide
Etária é um gráfico que permite analisar a distribuição da população por idade.
Pirâmide
etária é um gráfico organizado para classificar a população de uma determinada localidade
conforme as faixas de idade, dividindo-as por sexo. Esse gráfico é formado por
barras superpostas que se concentram em torno de um eixo. As barras inferiores
representam a população mais jovem e as barras superiores representam a
população mais velha. Do lado direito do eixo, sempre se quantifica a população
feminina e, do lado esquerdo, a população masculina, conforme o exemplo acima ilustrado.
As
pirâmides populacionais são importantes no sentido de elaborarem um
planejamento público a médio e longo prazo. Por exemplo, se a estrutura etária
da população apontar que há uma grande quantidade de jovens, com elevados
índices de natalidade, alerta-se para a necessidade de implantação de políticas
que atendam à inclusão das faixas etárias no futuro, com medidas que visem, por
exemplo, à ampliação e melhoria de creches e escolas.
Outra
importância da observação e análise das pirâmides etárias é conhecer a evolução
da população, avaliando as taxas de natalidade em comparação à população
adulta, aferindo sobre a existência de uma política de controle de natalidade
no país ou se ela precisa ser adotada.
Além
disso, existe a possibilidade de se realizar projeções etárias utilizando
também o formato de pirâmides, para se calcular qual vai ser o formato da
população, podendo realizar previsões a respeito da quantidade de jovens e da
população economicamente ativa de um período em comparação à população idosa e
infantil.
Existem
quatro tipos principais de pirâmides populacionais, que são classificadas
conforme a idade predominante da população.
Pirâmide Jovem: possui uma base mais larga, em virtude dos altos índices de natalidade e um topo muito estreito, em função da alta mortalidade e da baixa natalidade em tempos anteriores. Esse tipo de pirâmide é visto com mais frequência em países subdesenvolvidos.
Pirâmide Adulta: possui
uma base também larga, porém com uma taxa de natalidade menor em face da
população infantil e jovem. A pirâmide brasileira acima representada é um
exemplo de pirâmide adulta.
Pirâmide Rejuvenescida:
apresenta um relativo aumento do número de jovens em relação a um período
anterior, em função do aumento da fecundidade, geralmente em países
desenvolvidos que estimulam a natalidade.
Pirâmide Envelhecida: a
população adulta é predominante e a base bem reduzida, apresentando uma quantidade
de idosos significativamente maior em comparação às demais pirâmides. Esse tipo
de pirâmide é mais comum em países desenvolvidos.
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