Glomerulonefrite

Glomerulonefrite



Glomerulonefrite  é o nome que se dá ao grupo de doenças renais causadas pela inflamação dos glomérulos.

Podemos resumir o funcionamento do rim da seguinte maneira.

O sangue que chega ao rins, passa obrigatoriamente pelos glomérulos, um conjunto de microscópicos capilares enovelados que possuem  uma membrana filtradora na sua parede. O glomérulo é o verdadeiro filtro do organismo.

Portanto, como é o glomérulo o principal responsável pela filtração do sangue, qualquer doença que o acometa, afeta a função dos nossos rins.

Existem 2 tipos básicos de lesão dos glomérulos:

- Síndrome nefrítica ou glomerulonefrite.
- Síndrome nefrótica,

Na síndrome nefrítica, um processo inflamatório  causa lesão e reduz a capacidade do glomérulo de filtrar o sangue, causando um quadro de insuficiência renal aguda, hipertensão e sangue na urina

Na síndrome nefrótica o mais comum é lesão na membrana glomerular sem inflamação evidente.

Quadro Clinico

·         Hematuria
·         Protenuria
·         Edema  nos pes e na face
·         hipertensao
·         A urina pode apresentar  cor de cocacola  por causa  dos eritrocitos
·         Oliguria
·         Anemia
·         Cefaleia , mal estar , e dor no flanco
·         Nos idosos  pode ter sobrecarga circulatorio com dispneia 
·         Confusão
·         Sonolência
·         Convulsões

Diagnóstico de Enfermagem

Ø  Excesso de volume  hidrico  relacionada ao debito urinario  diminuido
Ø  Tensao alta devido  excesso de volume hidrico 
Ø  Defice de conhecimento  relacionado  com a condição  e regime do tratamento
Ø  Risco de baixo  da auto estima  relacionada  alteraçao da imagem corporal


Cuidados de Enfermagem
·         Repouso na cama
·         Peso diário,  balanço Hidrico , verificar  a presença de edema, distensao das veias do pescoço ,  pressao arterial ,  frequencia respitoria .
·         A diurese começa  cerca de uma semana depois de inicio  dos sintomas
·         Explicar para  o paciente e a familia  sobre o processo patologico  e os exames laboratorias .
·         Explicar o paciente e a familia para auto cuidados em casa. ( monitoral as complicaçoes qualquer sinal de infecçoes, a restriçao de liquidos  e na dieta  deve ser revista )
·         Encorajar  o paciente a ter visitas ao medico para o controlo da pressao arterial  e exame laboratoriais.

 


SÍNDROME NEFRÓTICA
Síndrome nefrótica não é uma doença, mas um conjunto de sinais e sintomas. Ocorre nos pacientes que têm uma proteinúria (proteína na urina) maciça. A proteinúria ocorre sempre em conseqüência de alterações do filtro glomerular renal, por inúmeras causas.
A síndrome nefrótica é a forma de apresentação de várias doenças renais que se manifestam por edema generalizado e proteinúria maciça .
Como se desenvolve?
O modo de início é lento e o edema (inchume) vai se instalando vagarosamente. Começa pelas pernas e pálpebras, generalizando-se por todo o corpo.
 Geralmente esse edema é intenso e generalizado, podendo ocorrer no abdômen (ascite) e na pleura (derrame pleural).
Assim se forma a síndrome nefrótica:
proteinúria maciça + hipoalbunemia + edema generalizado + hipercolesterolemia + eventuais tromboses e hipocalcemia + desnutrição.
Quadro Clínico
·         Edemas ao redor dos olhos, sacro, tornozelos e mãos
·         Edema no abdómen ( ascite )
·         Protunúria
·         Desconforto
·         Cefaleia e mal-estar


Diagnóstico de Enfermagem

Ø  Excesso de volume  hidrico  relacionada ao debito urinario  diminuido
Ø  Nutriçao  alterada menor que a demada do corpo   relacionada  com anorexia, nauseas e vómitos
Ø  Intolerancia  a actividade  relacionada  a fadiga

Cuidados de Enfermagem

·         Nos estagios iniciais  os cuidados de enfermagem  são similares  ao paciente com glomerulonefrite aguda
·         Na medida que a doença se agrava  os cuidados de enfermagem  são similares ao paciente com insuficiencia  renal cronica.


Pielonefrite

A pielonefrite é uma infecção do trato urinário ascendente que atingiu a "pielo" (pelve) do rim. Afeta quase todas as estruturas do rim, incluindo túbulos, sistema recolector e interstício. Só o glomérulo é exceção, pelo menos até uma fase avançada.
É uma infecção supurativa (com produção de pus). É quase sempre causada por bactérias e só raramente por vírus (tipo Polioma) ou fungos como Candida albicans.
Quadro Clínico
·         Com dor na micção (disúria)
·         Maior frequência (polaciúria) e urgência,
·          O doente acorda à noite (noctúria).
·         Dor lombar
·         Como em qualquer infecção, há febre, suores, mal-estar.
·         São detectáveis leucócitos em massas cilíndricas na urina (piúria),

Diagnóstico de Enfermagem

Ø  Desconforto  devido  dor na micçao
Ø  Risco no defice  de volume  hidrico  relacionada a febre , suores
Ø  Disturbio de auto estima  relacionado  a maior frequencia urinaria


Cuidados de Enfermagem
·         Repouso no leito
·         Discutir  o papel de dar e receber amor calor e afeição
·         Doente com lombargia, aplicar saco de agua morna  na regiao lombar
·         Administrar a terapia prescrita
·         Administrar liquidos conforme a indicaçao medica
·         Avaliar a temperatura a cada 4 horas 

Cistite
O que é cistite
A cistite é uma inflamação da bexiga. Essa condição afeta mais freqüentemente as mulheres, mas pode ocorrer em ambos os sexo e todas as faixas etárias.
A cistite ocorre quando o trato urinário inferior (uretra e bexiga) é infectado por bactéria e fica irritado e inflamado. Cistite geralmente afeta mulheres sexualmente ativas de 20 a 50 anos, mas também pode ocorrer em pessoas que não são sexualmente ativas e de faixa etária mais jovem. Cistite é rara em homens. As mulheres têm maior probabilidade de desenvolver cistite porque sua uretra é menor, então a bactéria não precisa viajar tanto para entrar na bexiga, e também devido à distância relativamente pequena entre a abertura da uretra e o ânus.

 Quadro Clínico
·         Dor ligeira na região púbica
·         Maior frequência (polaciúria)
·         O doente acorda à noite (noctúria).
·         Sangue na urina
·         Com dor na micção (disúria)
·         Dor lombar
·         Como em qualquer infecção, há febre.

Diagnóstico de Enfermagem

Ø  Dor aguda  ligada com infecçao da bexiga
Ø  Desconforto  devido  dor na micçao
Ø  Disturbio de auto estima  relacionado  a maior frequencia urinaria


Cuidados de Enfermagem

·         aplicar saco de agua morna  na regiao pubica
·         Administração  de  antibióticos prescrito.
·         Elevar a ingestão de fluidos pode permitir urinar freqüentemente para eliminar bactérias da bexiga.
·         Incentir a micçao frequente a cada 2 a 3 horas e esvaziar a bexiga por completo
·         Evitar o cateterismo vesical desnecessario
·         Manipular com cuidado na inserçao duma algalia de demora Não colher uma urina a uma mulher menstruada e com corrimento vaginal.
É aconselhado evitar penetração vaginal até que a infecção seja curada. Manter a área genital limpa e lembrar de esfregar da frente para trás pode reduzir as chances de introduzir bactérias da área retal para a uretra.
·         Urinar imediatamente depois do intercurso sexual pode ajudar a eliminar bactérias que pode ter sido introduzidas durante o ato. Deixar de urinar por longos períodos de tempo pode dar à bactéria tempo para se multiplicar, então urinar freqüentemente pode reduzir o risco de cistite.
 

Cálculo Renal
Os cálculos renais, popularmente chamados de pedra no rim, são formações sólidas de sais minerais e/ou uma série de outras substâncias, como oxalato de cálcio e ácido úrico que se cristalizam. Essas cristalizações podem migrar pelas vias urinárias causando muita dor e complicações. Os cálculos podem atingir variados tamanhos, que vão de pequeninos grãos, até o tamanho do próprio rim. Eles se formam tanto nos rins quanto na bexiga. O cálculo renal é também chamado de litíase urinária ou urolitíase.

Quadro Clínico
·          O sintoma mais marcante é a dor tipo cólica
·         Dificuldades ao urinar até sensações localizadas como desconforto,
·          Inchaço estufamento,
·         Muitas vezes há febre e presença de sangue na urina,
·          A retenção de urina no rim.
·          O inchaço do rim com urina acumulada
·          A dor que abrange toda a região abdominal, chegando até as costas,
Diagnóstico de Enfermagem

Ø  Dor agudo  relacionado com a inflamaçao , obstruçao do trato urinario
Ø  Desconforto ligada a dor tipo colica
Ø  Defice de conhecimento  relacionado com a prevençao  da recorrencia dos calculos renais


Cuidados de Enfermagem
·         Aliviando a dor pela administraçao de analgesicos
·         Pequenas actidades  atraz alivio da dor
·         Aplicar saco de agua morna  no flanco.
·         Incentivar  a ingestao de liquidos para  evitar a desidrataçao e facilitar aeliminaçao de calculos
·         Monitoral os sinais vitais  para sinal de infecção
·         Explicar o doente para auto cuidados em casa

Retenção  Urinária
 Retenção urinária, é a incapacidade  de esvaziar  a bexiga  por completo  durante varias tentativas.

 Causas comuns de retenção urinária.

·         Hipertrofia da prostata
·         Presença de corpo estranho.
·         bexiga nerougénica
·         atrofia da bexiga.
·         Pós-operatória
 
Tipo de retenção  ou  urina residual
§  Retençao incompleta – após a micção  a urina residual é inferior a 300 ml
§  Retençao incompleta com distençao das bexiga  – após a micção  a urina residual é maior que  300 ml.
§  Retençao completa com distençao  – não tem  micção  a urina chega a ter 1000 ml


Quadro Clínico

·         Dor supra púbica
·         Bexiga distendida
·         Dificuldade para iniciar a urinar (hesitação)
·         Um jacto fraco e irregular a urinar
·         Gotejamento no fim da micção

Diagnóstico de Enfermagem

Ø  Dor  devido a distenção da bexiga
Ø  Desconforto ligada a retençao da urina
Ø  Risco de infecção  devido a permanencia da urina na bexiga   

Cuidados de Enfermagem

·         A principal intervenção é evitar a distensão excessiva da bexiga
·         Estimular o doente a urinar
·         Respeitar o pudor do doente
·         Assumir a posição natural para o doente urinar
·         Colocar uma arrastadeira morna para estimular
·         Colocar um saco de água morna no baixo-ventre
·         Derramar água sobre o perineo
·         Abrir a torneira e deixar escorrer agua
·         Mergulhar as mãos em recipiente com água morna
·         Proceder algaliação para aliviar a dor e a distensão

Incontinência Urinária
É definida como a perda involuntária da  urina,
A incontinência urinária também pode ser designada de Enurese. E ocorre com certa frequência à noite, principalmente entre os idosos.
Causas:
Algumas causas possíveis de incontinência são:
  • Infecção urinária ou vaginal
  • Efeito colateral de medicamentos
  • Constipação
  • Fraqueza de certos músculos da região pélvica
  • Obstrução da Uretra por aumento da próstata
  • Doenças envolvendo nervos e/ou músculos
  • Conseqüência de algumas cirurgias
Quadro Clínico

·         Embaraços e frustrações
·         (enurese noturna), Ocorre com maior frequência em crianças devido a um estado emocional de insegurança por exemplo ou inflamação da bexiga.

Diagnóstico de Enfermagem

Ø  Isolamento social ligada a embaraço  urinario
Ø  Auto estima pertubada ligada a impotencia sexual
Ø  Possivel formação de escarras de decubito devido a micção constante


Cuidados de Enfermagem

·         pequenas mudanças comportamentais possibilitam um melhora significativa na qualidade de vida. hábito urinário e exercícios passivos e/ou ativos para a musculatura do assoalho pélvico
·         administrar a medicação prescrita.
·         ajudar a compreender a derencia dos medicamentos
·         uso de roupa interior absorvente
·         aligaliação de forma permanente



Cateterismo visical

É introdução da sonda do meato urinario até a bexiga com certas finalidades

Tipo de cateterismo
·         Cateterismo intermitente
·         Cateterismo de demora
·         Cateterismo suprapubica

Indicação do cateterismo

·         Quando  o paciente está impossibilitado de urinar
·         Colher a urina asséptica para exames laboratoriais
·         Preparar o paciente para pré e pós operatorio
·         Controlo da incontinencia urinaria

Ver nas paginas 54 -59 do guião de Procedimentos Básicos de Enfermagem


Monitoria da sonda

Ver nas paginas 60 -62 do guião de Procedimentos Básicos de Enfermagem


Remoção  da sonda vesical

Ver nas paginas 63 -64 do guião de Procedimentos Básicos de Enfermagem

lavagem visical  ou lavagem  da bexiga
lavagem da bexiga, também chamada irrigação visical, consiste na introdução duma solução medicamentosa  na bexiga  por meio de uma sonda pelo qual a mesma solução é eliminada

indicação
·         no pré e pós operatório duma cirurgia da bexiga
·         antes de uma cistoscopia
·         antes duma instilação vesical
·         para prevenção duma cistite em caso de algaliação permanente
Ver nas paginas 65 -66 do guião de Procedimentos Básicos de Enfermagem


Medicação da diurese


Ver nas paginas 67 -68 do guião de Procedimentos Básicos de Enfermagem **

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